Diferenças nas Perceções de Aceitação / Rejeição Parental em Estudantes do 3.º Ciclo de Escolaridade
DOI:
https://doi.org/10.33167/2184-0644.CPP2020.VVIN1/pp.87-102Palavras-chave:
Perceções de aceitação/rejeição parental,, Terceiro ciclo de escolaridade, Ano de escolaridadeResumo
As perceções de aceitação/rejeição, nomeadamente parental, são revelantes para o ajustamento psicológico dos alunos e para o seu sucesso em várias áreas da vida, nomeadamente na escola (Ali, 2011; Khaleque & Ali, 2017; Rohner, 2016). Com base em alguns conceitos da Teoria da Aceitação-Rejeição Interpessoal (Rohner 1975, 1986, 2004, 2016), este estudo analisa diferenças quanto às perceções de aceitação/rejeição parental, mãe e pai, de acordo com o ano de escolaridade frequentado pelos alunos (7.º,8.º e 9.º ano – 3.º ciclo do ensino básico). A amostra do estudo incluiu 573 estudantes, maioritariamente a frequentar escolas públicas do distrito de Lisboa e uma escola pública situada na Beira alta, com idades entre os 12 e os 18 anos. Destes alunos, 214 alunos (37.3%) encontravam-se a frequentar o 7.º ano, 202 a frequentar o 8.º (35.3%) e 157 a frequentar o 9º ano (27.4%). Para tal, recorreu-se à Anova One Way Multivariada (MANOVA) e foi aplicado o teste post-hoc de Scheffé com o objetivo de identificar quais os anos escolares que apresentavam diferenças relativamente às perceções de aceitação/rejeição parental (pai e mãe). Os resultados revelam diferenças significativas entre os anos escolares, nas dimensões e total da escala relativas à perceção de aceitação/rejeição materna e paterna. Em termos gerais, os alunos do 9.º ano constituíram-se como aqueles que revelaram percecionar mais rejeição parental, em termos globais, relativamente ao pai e à mãe. Acreditamos que a vivência plena da etapa da adolescência por parte destes alunos, bem como uma maior proximidade à frequência do ensino secundário, que se prevê desafiante, poderão explicar estes resultados. Por outro lado, os alunos do 7.º ano, mais próximos à partida do período temporal da infância, foram aqueles que revelaram sentir menos problemas de afeto por parte das suas mães e pais
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